Foi por volta de 1950, numa cidade chamada Oqsônia Três, na Rua das Ruas. Ali, moravam Mamãe, o filho e duas filhas. O filho era um homem instruído, elegante, forte e belo. Numa noite escura, ele matou a mãe e as irmãs. Deu-lhes chá com narcótico, cobriu suas cabeças, atirou-as no poço do quintal e enterrou-as. Depois, viveu ali mais trinta dias. Até que a Polícia começou a cavar o poço. O belo homem, que lia o futuro como antigos adivinhos, entrou no banheiro e atirou no próprio coração. Ninguém soube se ele murmurou: “Perdão, Mamãe. Matei você.” Um psiquiatra, presidente da Psiquiatria da Universidade, analisou o homem e concluiu: ele era um tarado agressivo. Mas algo escapou ao cientista: atrás de todo homem há sempre uma mulher. Surgem as perguntas: “Por que matei você, Mamãe? A morte te libertará?”. Desenterrar o poço é encarar o mistério. Homem faz mistério. Cachorro não mata a mãe.
O Observador Que Ri de Si Mesmo
Cód: 15955 N15955
Autor:
Eduardo Frederico de Andrade Carvalho
Formato: 14 X 21
Tipo de Capa: Cartão Fosco
Tipo de Acabamento: Brochura s/ Orelha
Tipo de Papel: Off Set - 75g
Cor: P & B
Páginas: 132
Edição/Ano: 1ª/2025
Idioma: Português
Peso: 218
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Pagamento
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Nascido em 1947, em Silveiras, Vale do Paraíba, São Paulo, Eduardo Frederico de Andrade Carvalho é advogado e escritor. Formado na Universidade de São Paulo, estudou na Università degli Studi di Pavia, Itália, e no Max Planck Institute, Hamburgo, Alemanha.